Guia para doação de sangue – Prazos de inaptidão e critérios para doação
Olá, obrigado pelo seu interesse em doar sangue!
Saber mais sobre os critérios de doação já é o primeiro passo para salvar até quatro vidas. Todos os nossos critérios seguem as normas definidas pelo Ministério da Saúde e pela ANVISA, além de respeitarem padrões internacionais para garantir a segurança tanto do doador quanto do receptor.
Antes de entender as condições gerais e específicas para doar, veja como funciona o processo de doação:
1 – Cadastro: Basta apresentar um documento oficial com foto ou usar um app oficial, como o e-Título ou a carteira digital de trânsito
2 – Pré-triagem: Aqui, checaremos seus sinais vitais (pressão arterial, batimentos cardíacos, temperatura e peso). Também faremos um teste rápido para anemia (hemoglobina e hematócrito).
3 – Entrevista: Um profissional especializado vai te fazer algumas perguntas. É importante responder com sinceridade, pois algumas condições podem impedir temporariamente ou definitivamente a doação – sempre pensando na segurança de todos. Suas informações serão tratadas com total sigilo. Lembrando que a entrevista não é discriminatória, mas necessária para proteger o receptor de possíveis doenças transmissíveis. Por isso, se você busca realizar testes sorológicos, procure um serviço especializado. Não doe sangue apenas para realizar exames! As regiões de Campinas e Piracicaba oferecem serviços gratuitos e confidenciais para isso.
Você pode entrar em contato pelos números: CTA/COAS Campinas: (19) 3236-3711 / (19) 3237-6704 CTA/CEDIC Piracicaba: (19) 3437-7800
Destacamos que o intervalo de inaptidão à doação não tem um caráter discriminatório ao doador mas sim de proteção ao receptor já que existem doenças transmissíveis pelo sangue que podem ainda não ser detectadas por exames de triagem laboratorial (janela imunológica).
4 – Doação: Se tudo estiver ok nas etapas anteriores, você estará pronto para realizar sua doação e ajudar a salvar vidas!
Agora, sobre os impedimentos temporários ou definitivos à doação: as regras existem para garantir a segurança de todos. Caso tenha dúvidas após ler as informações, entre em contato com a gente pelo número 0800 722 8432, de segunda a sexta, das 13h às 15h. É sempre bom lembrar que essas normas são atualizadas periodicamente, então cheque-as antes de doar novamente.
Também queremos aproveitar para informar que, desde 2022, nosso serviço foi reestruturado para seguir as normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Sua privacidade é uma prioridade, e por isso, nunca solicitamos dados como RG ou CPF por telefone.
Estamos ansiosos para receber você em um dos nossos postos fixos:
– Unidade Hemocentro Unicamp
– Unidade Mario Gatti
– Unidade Sumaré
– Unidade Piracicaba
Quer saber se o Hemocentro vai até a sua cidade? Clique aqui!
Veja abaixo os critérios de inaptidão e os prazos:
Se, durante a triagem clínica, identificarmos alguma alteração que possa indicar uma condição de saúde que ainda não foi diagnosticada ou avaliada por um médico, você será orientado a procurar um serviço de saúde para investigação mais detalhada. É importante que você siga as orientações médicas para cuidar da sua saúde primeiro.
Ao retornar ao Hemocentro, traga um relatório médico com informações sobre o diagnóstico, seu estado de saúde atual, os tratamentos realizados e possíveis limitações físicas. Esse relatório será analisado pelo nosso médico para definir se você está apto a doar sangue.
Lembramos que nossa prioridade é garantir a segurança tanto para você quanto para quem recebe a doação.
Caso durante a triagem clínica do candidato seja detectada alguma anormalidade que possa sugerir uma doença ainda não diagnosticada ou avaliada por um médico, esse candidato deve ser encaminhado a um serviço de saúde de sua conveniência para a devida investigação. Ao retorno, esse candidato deve trazer um relatório médico detalhado, onde conste o diagnóstico, a condição clínica do paciente, tratamentos realizados e limitações físicas relacionadas à patologia. Esse relatório será avaliado pelo médico do Hemocentro para definir a aptidão ou não do candidato à doação.
Para garantir a segurança de todos e o sucesso da sua doação, é importante que você atenda aos seguintes requisitos:
– Estar em boas condições de saúde.
– Idade: Ter entre 16 e 69 anos. Se você tem menos de 18 anos, não esqueça de trazer os documentos necessários e o formulário de autorização assinado pelos responsáveis. Para quem já tem mais de 61 anos, só poderá doar se a primeira doação foi feita antes dos 61. [Clique aqui para mais detalhes!]
– Peso: Pesar no mínimo 50kg.
– Descanso: Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas, para garantir que você esteja bem descansado.
– Alimentação: Você não pode estar em jejum, mas evite alimentos gordurosos (como bacon, ovos, feijoada, etc.) antes da doação. Após o almoço, espere pelo menos 3 horas para doar.
– Hidratação: É importante estar bem hidratado. Se ingeriu álcool recentemente, aguarde até os sinais de ressaca desaparecerem.
– Atividades de risco: Evite realizar atividades que exijam esforço físico ou sejam de risco (trabalhos em altura, dirigir veículos pesados, operar maquinário) após a doação.
– Esportes: Também recomendamos não praticar esportes logo após doar sangue.
A doação de sangue pode ocorrer de duas maneiras distintas: doação de sangue total e doação por aférese. O intervalo entre as doações varia de acordo com o tipo de doação realizado, e é fundamental respeitar essas orientações para garantir a saúde do doador e a qualidade do sangue coletado.
1 – Doação de Sangue Total: Este é o tipo mais comum de doação, onde o doador contribui com uma unidade de sangue inteiro. Após a coleta, o sangue é processado para separar os diferentes componentes, como hemácias, plaquetas e plasma. A frequência de doação para sangue total deve respeitar os seguintes intervalos: Homens: podem doar a cada 2 meses, com um máximo de 4 doações por ano. Mulheres: podem doar a cada 3 meses, com um máximo de 3 doações por ano.
2 – Doação por Aférese: A doação por aférese permite a coleta de componentes específicos do sangue, como plaquetas e hemácias. As orientações para doação por aférese são as seguintes: Plaquetas: O doador pode doar plaquetas a cada 48 horas, com um máximo de 2 doações por mês, totalizando até 24 doações por ano. Para ser um doador de plaquetas, é necessário pesar no mínimo 70 kg e ter uma dosagem de hemoglobina superior a 14 g/dL. Hemácias: Para a doação de hemácias por aférese, o intervalo mínimo é de 4 meses para homens e 6 meses para mulheres, e os mesmos requisitos de peso e hemoglobina se aplicam.
Obs.: Lembrando que a primeira doação deve ser realizada até o limite de 60 anos, 11 meses e 29 dias. Para pessoas que não se identificam com nenhum dos gêneros ou que são transgênero, os intervalos de doação e os níveis de hemoglobina a serem seguidos são aqueles que mais protegem o doador. Respeitar esses intervalos é essencial para garantir a sua saúde e a segurança de todos!
Candidatos que passaram por cirurgia devem aguardar antes de considerar a doação de sangue. É importante que a pessoa tenha retornado às suas atividades habituais sem nenhuma restrição física. Isso garante não apenas a segurança do doador, mas também a qualidade do sangue que será doado. Para orientações mais específicas sobre o tempo necessário de espera após diferentes tipos de cirurgias, consulte a tabela abaixo:
Cirurgias | Tempo de inaptidão |
No geral | |
Videolaparoscopia | Apto após 6 meses |
Com transfusão de sangue | Apto após 1 ano |
Cirurgia de Pequeno porte sob sedação | Apto após 1 mês |
Cardiovasculares | |
Aneurisma | Inaptidão definitiva |
Trombose arterial | Inaptidão definitiva |
Coronária | Inaptidão definitiva |
Cirurgia cardíaca | Inaptidão definitiva, exceto: Correções de CIA, CIV, Ablação. Neste casos, Apto após a alta médica e sem restrições |
Correções de CIA, CIV, Ablação | Apto com alta médica |
Ressecção de varizes de membros inferiores | Apto após 3 meses |
Dermatológicas | |
Pequeno porte (verrugas, unhas etc…) | Após cicatrização (sem suspeita de neoplasia) |
Endócrinas | |
Hipófise | Inaptidão definitiva |
Paratireoide | Apto após 6 meses |
Suprarrenal | Inaptidão definitiva |
Tireoide | Apto após 6 meses |
Ginecológicas e obstétricas | |
Curetagem | Apta após 30 dias |
Colpocitologia oncótica (coleta de “Papanicolau”) | Apto |
Intervenções pequenas (colposcopia, conização, etc.) | Apta após 3 meses |
Insersão de DIU | Apto após 15 dias da resolução de sintomas |
Intervenções grandes (histerectomias, mamoplastia redutora, etc.) | Apta após 6 meses |
Parto Cesárea | Apto após 6 meses. Se estiver amamentando, aguardar 12 meses |
Parto Normal | Apto após 90 dias. Se estiver amamentando, aguardar 12 meses |
Retirada de nódulo mamário | Apto após 6 meses ( se resultado negativo para malignidade) |
Neurológicas | |
Malformação vascular (aneurisma, angiomas, etc.) | Inaptidão definitiva |
Póstraumática com sequela (hematoma subdural ou extradural, etc.) | Inaptidão definitiva |
Póstraumática sem sequela | À critério médico |
Odontológicas | |
Tratamento de canal, extração dentária simples, drenagem de abscesso, gengivites. | 1 semana após o término do anti-inflamatório/antibiótico, retirada de pontos e completa cicatrização; |
Procedimentos simples (sem anestesia) | 1 dia após o procedimento |
Remoção de tártaro e outros procedimentos com anestesia local (obturações, etc.) | 3 dias após o procedimento |
Cirurgias sob anestesia local | 1 semana após tratamento |
Cirurgias sob anestesia geral | 1 mês após o término do tratamento |
Oftalmológicas | |
Cirurgias com acesso ao sistema nervoso central (miopia, catarata, etc.) | Apto após alta oftalmológica |
Cirurgias com acesso ao sistema nervoso central | À critério médico |
Ortopédicas | |
Em geral | Apto 6 meses após consolidação |
Laminectomia | Apto 6 meses após consolidação |
Artrodese de coluna | Apto 6 meses após consolidação |
Torácicas | |
Lobectomia | Inaptidão definitiva |
Pneumectomia | Inaptidão definitiva |
Transplantes | |
Alogênicos | Inaptidão definitiva |
Autólogos | Inaptidão definitiva |
Urológicas | |
Extração de cálculos; varicocele; prostatectomia | Apto após 3 meses |
Fimose; vasectomia | Apto após 1 mês |
Nefrectomia | Apto após 12 meses |
Nefrectomia pós-traumática | Apto após 12 meses (critério médico, de acordo com a função renal residual) ; contraindicada doação por aférese |
Nefrolitotomia extracorpórea | Apto após 1 mês |
Viscerais | |
Amigdalectomia | Apto após 3 meses |
Apendicectomia | Apto após 3 meses |
Bariátrica | Apto após 6 meses |
Colecistectomia | Apto após 6 meses |
Colectomia (pós-traumática ou pólipo benigno) | Apto após 12 meses |
Esplenectomia pós-traumática | Apto após 12 meses |
Esplenectomia por outras causas | Inaptidão definitiva |
Gastrectomia total | Inaptidão definitiva |
Hernioplastia | Apto após 3 meses; por vídeo: 6 meses |
Hipertensão portal | Inaptidão definitiva |
Pancreatectomia | Inaptidão definitiva |
Proctológica (hemorroidectomia, fissura anal, etc.) | Apto após 3 meses |
Vagotomia superseletiva | Apto após 6 meses |
Outras | |
Enxerto ósseo autógeno (tecido do próprio doador) | Apto após 1 mês |
Enxerto ósseo homógeno (tecido de outro ser humano) | Inapto definitivo |
Enxerto ósseo heterógeno (tecido de outra espécie) | Apto após 1 ano |
Enxerto ósseo com tecido sintético | Apto após 1 mês |
Plástica (estética ou reparadora não extensa) | Apto após 3 meses (Se houve necessidade de intubação orotraqueal, aguardar 6 meses) |
Plástica sob anestesia geral ou bloqueio raquimedular/peridural | Apto após 6 meses |
Politrauma | Apto após 12 meses (sem sequela) |
O uso de medicamentos pode impactar a elegibilidade para doação de sangue. O tempo de inaptidão varia conforme o tipo de medicamento e a patologia tratada. Abaixo estão listadas algumas classes de medicamentos, os respectivos períodos de inaptidão e considerações importantes:
Medicamentos Teratogênicos:
– Isotretinoína (Roacutan): 30 dias após a última dose.
– Finasterida: 30 dias após a última dose.
– Dutasterida: 6 meses após a interrupção do tratamento.
– Acitretina: 3 anos após a interrupção do uso.
– Etretinato: Inaptidão definitiva.
Medicamentos de Uso Geral :
– Analgésicos (Paracetamol, Dipirona): Não contraindicam a doação, exceto em caso de febre, onde se deve aguardar 7 dias.
–Antibióticos: 15 dias após o término do tratamento.
–Antiácidos (Pepsamar, Mylanta, Aldrox, etc.): Se ausência de sintomas.
– Descongestionantes orais (Descon. Naldecon, etc.): Pela patologia de base, pode contraindicar a doação.
– Miorrelaxantes (Dorflex, Tandrilax, etc.): 24 horas, se ausência de sintomas inflamatórios/álgicos.
– Anti-histamínicos (Polaramine, Teldane, etc.): Pela patologia de base, podem contraindicar a doação.
– Anti-inflamatórios Não Hormonais (Voltaren, Aspirina, etc.): A liberação depende da patologia de base.
– Antieméticos (Plasil, Eucil, Dramin, etc.): Liberados após 24 horas da última dose.
– Antidiarreicos (Imosec, etc.): Liberados após 24 horas.
– Antienxaqueca (Ormigrein, Neosaldina, etc.): Liberados após 24 horas da última dose.
– Antiácidos – Bloqueadores H2 (Tagamet, Antak, etc.): 3 dias após fim do tratamento.
Anti-Hipertensivos:
– Diuréticos: sem contra-indicações, Hidratação vigorosa antes da doação é recomendada.
– Anti-Hipertensivos de Ação Central (ex.: Metildopa, Clonidina, Reserpina): 48 horas após a última dose.
– Betabloqueadores (ex.: Propranolol, Atenolol, Metoprolol): 48 horas após a última dose.
– Bloqueadores Alfa-Adrenérgicos (ex.: Prazosina, Doxazosina, Tansulosina): 48 horas após a última dose.
– Relacionados a inibição da Enzima Conversora de Angiotensina (ex.: Captopril, Enalapril), Losartana): Doação liberada, geralmente não há restrições significativas.
– Bloqueadores de Canal de Cálcio (ex.: Anlodipino, Nifedipina): Para doações de aférese, deve-se respeitar um intervalo mínimo de 72 horas.
– Vasodilatadores (ex.: Hidralazina, Minoxidil): 5 dias após a suspensão, conforme orientação médica.
Outros Medicamentos:
– Antifúngicos orais e venosos (Nizoral, Cetonax, etc.): 1 semana após o fim do tratamento.
– Antifúngicos tópicos (Daktarin, Jadit, etc.): Se o local da punção não estiver acometido.
– Anti-helmínticos e antiparasitários (Albendazol, Mebendazol, Tiabendazol, etc.): 1 semana após o fim do tratamento, considerando a indicação profilática ou terapêutica.
– Antidiabéticos e Antiobesidade injetáveis (Liraglutida “Saxenda”, Semaglutida “Ozempic”, Trulicity “Dulagutida”, etc.): 1 semana após cessar o uso da droga (término do tratamento), se utilizado para obesidade.
– Corticosteroides: Depende da patologia para a qual foi utilizado; inaptidão mínima de 48 horas após a suspensão.
– Hormônio masculino (Testosterona – Uso tópico): Encorajamos que traga receita para avaliação da melhor data da doação (preferencialmente o mais longe possível da última dose).
– Anfetaminas (Venvanse, Ritalina): 24 horas, considerando a patologia de base.
Tipo de câncer | Tempo de Inaptidão |
Carcinoma “in situ” de cervix uterina | Apto |
Carcinoma basocelular de pele | Apto |
Outras neoplasias malignas | Inaptidão definitiva |
Observação:Se a intervenção cirúrgica for necessária, deve-se considerar o tempo de inaptidão resultante do procedimento realizado. A avaliação médica é essencial para determinar a elegibilidade do doador, levando em conta o tipo de câncer, o tratamento realizado e o estado geral de saúde.
Menstruação
A menstruação não contraindica a doação de sangue, desde que os níveis de hematócrito e hemoglobina estejam dentro dos limites aceitáveis para a doação. É importante ressaltar que, em casos de irregularidades menstruais, deve-se considerar a possibilidade de gravidez e realizar a avaliação apropriada.
Gravidez, Abortamento e Amamentação
Candidatas à doação que estejam grávidas ou amamentando devem ser rejeitadas, exceto em casos onde o parto tenha ocorrido há mais de 12 meses. Essa precaução visa garantir a segurança tanto da doadora quanto do receptor, uma vez que a saúde da mãe e do bebê pode ser comprometida durante esses períodos.
Adenomegalia | Deve ser avaliado caso a caso |
Anafilaxia (choque anafilático) | Inaptidão definitiva |
Alergia aguda (urticária, rinite, dermatite, etc.) | Apto após a crise ou fim do tratamento |
Tratamento de dessensibilização | Apto após 72h da última aplicação |
Endoscopia | Apto 6 meses após a data de realização do procedimento |
Colonoscopia | |
Broncoscopia | |
Laringoscopia | |
Cirurgias por via laparoscópica | |
Outros procedimentos endoscópicos |
O candidato à doação que tiver sido submetido a tatuagem, piercing ou maquiagem definitiva deve ser rejeitado por 6 meses. Caso não haja condições de avaliação quanto à segurança do procedimento realizado (como procedimentos clandestinos ou domiciliares, e descuido com o uso de agulhas, tintas e/ou outros materiais utilizados), o intervalo para a doação deve ser de 12 meses.
Acupuntura e Implantação de Piercing em Pele ou Brincos: O candidato à doação é considerado apto após 72 horas, desde que o procedimento tenha sido realizado sob antissepsia apropriada.
Tatuagem, Maquiagem Definitiva e Piercing em Cartilagem: O candidato deve aguardar 6 meses após a realização desses procedimentos para se tornar apto à doação. Se a tatuagem ou piercing foi realizado na cavidade oral e/ou região genital, a inaptidão é de 12 meses após a retirada devido ao risco permanente de infecção.
Sintomas de COVID-19: Aguardar 10 dias após a completa resolução dos sintomas antes de realizar a doação. Para casos graves, o prazo pode ser maior devido a possíveis complicações ou sequelas associadas à doença.
Teste Positivo Sem Sintomas: Aguardar 10 dias após a coleta do exame que resultou positivo para COVID-19 antes de doar.
Contato Próximo com Casos Confirmados: Para aqueles que tiveram contato próximo com pacientes COVID-19 durante o período de transmissão (os primeiros 10 dias da doença), recomenda-se aguardar 7 dias após o último contato para realizar a doação. O contato próximo inclui situações sem uso de máscara, contato físico direto ou residir no mesmo ambiente.
Profissionais de Saúde: Profissionais de saúde que utilizaram Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de maneira contínua e adequada durante o atendimento a pacientes com COVID-19 estão autorizados a doar sangue.
Malária
Doadores Provenientes de Áreas Endêmicas: Os doadores oriundos de áreas endêmicas apresentam um período de inaptidão de 30 dias.
Infecção Confirmada e Tratada: A inaptidão varia conforme o tipo de Plasmodium causador da infecção:
P. falciparum: 12 meses
P. vivax: 3 anos (devido à possibilidade de recidivas tardias após o tratamento)
P. ovale: 3 anos (devido à possibilidade de recidivas tardias após o tratamento)
P. malariae: Indeterminado (inaptidão definitiva devido à febre quartã)
Áreas Endêmicas para Malária:
No Brasil: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.
Em Outros Países: Venezuela, Guiana Inglesa, Guiana Francesa, Bolívia e Peru.
Viagens a Áreas Endêmicas
Candidatos que tenham visitado áreas com doenças endêmicas ausentes na região do serviço de hemoterapia devem ser considerados inaptos a doar por 30 dias após o retorno. Aqueles que estiveram em áreas endêmicas de malária devem aguardar 30 dias após o retorno.
Os que estiveram no Iraque devem aguardar 1 ano após o retorno devido ao risco de transmissão de leishmaniose.
Indivíduos que permaneceram no Reino Unido ou na Irlanda por mais de 3 meses entre 1980 e 1996 são considerados inaptos definitivos, em razão do risco de exposição ao príon causador da Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD*).
Aqueles que estiveram na Europa por 5 anos ou mais após 1980 até o presente também são inaptos definitivos, pelo mesmo risco de exposição ao príon.
Nota: A Doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) e suas variantes ainda não possuem testes disponíveis para triagem em larga escala. A única medida preventiva atualmente é a exclusão de indivíduos com histórico de exposição ao príon durante a triagem clínica.
Droga | Tempo de inaptidão |
Cigarro | 2h |
Narguile | 12h |
Bebida alcoólica | 12h (a quantidade e hidratação do doador serão avaliadas no dia da doação) |
Crack ou cocaína – via nasal | 12 meses |
Injetável | Inaptidão definitiva |
Lança Perfume | 6 meses |
LSD, MDMA, ou outra droga sintética | 12 meses |
Maconha | 12 horas |
Alucinógenos (cogumelo e outras drogas utilizadas para fins recreativos) | 12 meses (Em virtude de situações de risco que o candidato possa ter se exposto) |
Alucinógenos utilizados para fins ritualísticos (exemplo: chá com Ayahuasca) | 12 horas após ingestão |
Candidatos com história de hepatite viral antes dos 11 anos de idade estão aptos à doação de sangue. Caso haja antecedente de hepatite viral após os 11 (onze) anos de idade, os mesmos devem ser rejeitados definitivamente, exceto para caso de comprovação de infecção aguda de hepatite A (necessário apresentação de exame comprobatório).
Candidatos com prova sorológica positiva para HBV devem ser rejeitados definitivamente à doação (obs: anti-HBs Ag positivo por vacinação não contraindica a doação!).
Os candidatos que tiveram contatos íntimos com indivíduos que apresentem icterícia ou hepatite deverão ser inaptos por 12 meses .
História ou sorologia positiva para HCV é critério de rejeição definitiva. História de uso de drogas injetáveis devem ser rejeitados definitivamente pelo risco de contaminação pelo HCV. O uso de drogas por inalação (ex: cocaína), contraindica a doação por 12 meses após último uso.
Vacinas de germes inativados, toxóides ou vacinas recombinantes | |
– Antirrábica (vacina inativada proveniente de cultivos celulares -profilática, sem história de acidente com animal) – Cólera – Coqueluche – COVID-19 (Coronavac/Sinovac/Butantan/Covaxin) – Dupla do tipo Adulto – dT (Difteria e Tétano) – DTP (Tetra – Difteria, Tétano, Coqueluche e Hemophillus influenzae do tipo B) – DTPa (Difteria, Tétano e Coqueluche acelular) – Febre Tifoide (injetável) – Hemophillus influenzae do tipo B – Hepatite A – Hepatite B (recombinante) – HPV – Influenza (IM) – Meningite – Peste – Pneumococo – Poliomielite (salk) – Tétano Outras vacinas produzidas a partir de micro-organismos mortos ou recombinantes (ver recomendações do fabricante). | 48 horas |
Vacinas de vetor viral não replicante, RNA-mensageiro ou vetor viral | |
– COVID-19 (Astrazeneca/Oxford/Fiocruz, Janssen-Cilag (Jhonson&Jhonson), Sputnik V, Comirnaty (Pfizer/Biontech) e Moderna | 7 dias |
Vacinas de vírus atenuados | |
– BCG – Caxumba (parotidite) – Febre amarela – Febre tifóide (oral) – Influenza (spray nasal) – Poliomielite (Sabin) – Rotavirus – Rubéola ((monovalente) – Sarampo (monovalente) – SCR Tríplice viral (Sarampo, caxumba e rubéola) – SR – Dupla viral (Sarampo e rubéola) – Varicela (catapora) – Varíola Outras vacinas produzidas a partir de virus vivos ou atenuados (ver recomendações do fabricante) Imunização passiva heteróloga (soro animal): antitetânico, anti-ofídico e antiescorpiônico, etc. | 4 semanas |
Vacinas em fase experimental | |
Imunização passiva homóloga (soro humano) (globulina hiperimune contra hepatite B; outras); | 12 meses |
Sífilis/IST (Infecções sexualmente transmissíveis)
No Hemocentro temos rejeitado os indivíduos com história desta patologia pela possibilidade de falha de tratamento e cicatriz sorológica.
Candidatos com história de tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) recentes devem ser rejeitados por 12 meses após cura (risco de HIV, HCV e HBV).
Candidatos com história de IST recorrentes devem ser rejeitados definitivamente.
Vírus HTLV-I
Candidatos à doação com história clínica ou sorológica para HTLV-I (mesmo sem qualquer sinal ou sintoma de doença) deve ser rejeitado definitivamente.
Tratamentos Alternativos, Complementares, Fitoterápicos ou Homeopáticos:
Se a ingesta foi realizada, aguardar 12 horas (exemplo: chá com Ayahuasca para fins ritualísticos).
Terapias com Uso de Ultrassom (Ultraformer): Estão liberadas, desde que não haja lesão local e/ou sinais de inflamação.
Terapias que Envolvem Corpos Estranhos (ex.: alongamento de cílios, carboxiterapia, peelings): Aguardar 15 dias após a completa recuperação local.
Preenchimento Facial com Ácido Hialurônico: Inapto por 1 mês após o procedimento.
Toxina Botulínica (“Botox”): Inapto por 1 mês após o procedimento.
Procedimentos com Penetração por Agulhas, Irrigação Colônica, Hidroterapia Colônica ou Ventosa:
Inapto enquanto houver lesão ou marcas do procedimento.
Aguardar 15 dias após a completa recuperação, desde que tenham sido utilizados materiais descartáveis.
Sangramento Durante o Procedimento: Mesmo que materiais descartáveis tenham sido usados, aguardar 1 mês para a doação.
Incerteza quanto ao Uso de Material Descartável: Aguardar 6 meses para a doação. Considera-se como materiais: agulhas, ampolas de botox, pigmentos, etc.
Procedimentos Realizados Através de Orifício Natural: Inapto por 6 meses a contar da data do último procedimento (observação: umbigo não é considerado um orifício natural).
Auto-hemoterapia: Inapto por 12 meses, uma vez que o procedimento ainda não possui regulamentação pela ANVISA.
Acidente Vascular Cerebral | Inaptidão definitiva |
Aneurisma | Inaptidão definitiva |
Arritmia cardíaca grave | Inaptidão definitiva |
Arritmia (extrassistolia) associada ao uso de nicotina, cafeína, ansiedade | À critério médico, após avaliação cardiológica |
Bradicardia do atleta | À critério médico |
Coronariopatia (angina, infarto, etc) | Inaptidão definitiva |
Doença valvular | Inaptidão definitiva |
Endocardite com sequela | Inaptidão definitiva |
Febre reumática | Inaptidão definitiva |
Flebite de repetição | Inaptidão definitiva |
Hiperlipidemia familiar | À critério médico |
Insuficiência cardíaca congestiva | Inaptidão definitiva |
Má-formação arteriovenosa | Inaptidão definitiva |
Miocardite com sequela | Inaptidão definitiva |
Pericardite | Apto após 1 ano na ausência de sequelas |
Pericardite tuberculosa | Inaptidão definitiva |
Prolapso mitral assintomático (após avaliação cardiológica e alta) | Apto |
Prolapso mitral em acompanhamento cardiológico atual | À critério médico |
Sopro inorgânico (após avaliação cardiológica e alta) | Apto |
Sopro cardíaco em acompanhamento cardiológico atual | À critério médico |
Trombofilia | Inaptidão definitiva |
Tromboflebite isolada | Apto após 6 meses |
Trombose arterial ou venosa recorrente | Inaptidão definitiva |
Valvulopatias congênitas adquiridas | Inaptidão definitiva |
Valvulopatias congênitas corrigidas, assintomáticas, sem uso de medicamentos e/ou limitação física | Apto |
Varizes de membros inferiores, após esclerose | 3 dias |
Em geral, a presença de doenças congênitas exige uma avaliação criteriosa por parte do médico responsável. A elegibilidade para doação de sangue deve ser considerada com base na gravidade da condição, nas implicações para a saúde do doador e nas possíveis consequências para os receptores. É essencial que cada caso seja analisado individualmente, levando em conta fatores como histórico clínico, tratamento recebido e estado geral de saúde.
Acne | Sem complicações ou tratamento |
Alopecia areata | Considerações: – Inapto definitivo se perda de cabelo está relacionada a malignidade ou tratamento para malignidade, como radioterapia ou quimioterapia. – Medicamento Dutasterida (Avodart) – Aguardar 6 meses após a interrupção do uso – Finasterida (Proscar ou Propecia) – Aguardar 4 semanas após a interrupção do uso – No caso de medicamentos antifúngicos ou esteroides orais, aguardar término do tratamento e intervalos definidos para cada medicamento |
Angioma | Apto, sem acometimento do local de venopunção |
Doença de Behcet (autoimune) | Inaptidão definitiva |
Erisipela | Apto 2 semanas após cura |
Erisipela recidivante ou crônica | À critério médico |
Eritema nodoso infeccioso | Apto após 2 meses do fim dos sintomas e tratamento |
Eritema nodoso não infeccioso | Inaptidão definitiva |
Eritema polimórfico, líquen plano | Apto 6 meses após cura |
Eritema tóxico multiforme | Apto após 6 meses do fim dos sintomas e tratamento |
Eritrodermia | Apto 6 meses após cura |
Exérese tumor benigno | Apto 1 semana após tratamento |
Furunculose | Apto 2 semanas após cura |
Hanseníase | Inaptidão definitiva |
Hidradenite supurativa | Apto 15 dias após o término da antibioticoterapia, desde que resolvido completamente as lesões |
Lesões de pele no local da punção venosa | Inapto temporariamente até a cura, exceto se diagnóstico específico, seguir o tempo da condição. Ex: psoríase extensa |
Lesões de pele não cicatrizadas (corte, escoriação, queimaduras) | Avaliar presença de sinais flogísticos, liberar após ausência dos sinais |
Pênfigo vulgar; vegetante; foliáceo; eritematoso (autoimune) | Inaptidão definitiva |
Psoríase com pequeno comprometimento cutâneo | Apto, se local de venopunção sem lesões, sem manifestações clínicas e na ausência de uso de medicamentos |
Psoríase extensa ou com outras manifestações associadas | Inaptidão definitiva |
Verruga vulgar | Apto |
Vitiligo | Apto, se sítio da punção não acometido e ausência de necessidade de tratamento medicamentoso. Se sim, à critério médico |
Em geral, a presença de doenças degenerativas requer uma avaliação detalhada à critério médico. A elegibilidade para doação de sangue deve ser determinada considerando a gravidade da doença, o impacto no estado geral de saúde do doador e as possíveis implicações para os receptores. Cada caso deve ser analisado individualmente, levando em conta fatores como tratamento em curso, histórico clínico e a progressão da condição.
Bócio eutireoidiano | Apto |
Diabetes Insípidus | Inaptidão definitiva |
Diabetes Mellitus tipo I (dependente de insulina) | Inaptidão definitiva |
Diabetes Mellitus tipo II, controlado e sem alteração vascular | Apto, se relato conciso de inexistência de complicações e uso de medicamentos liberados para doação. Se dúvidas, solicitar relatório médico. |
Diabetes tipo II não controlado, porém sem alteração vascular | Inapto temporariamente, até o controle da doença; necessário relatório médico afirmando a inexistência de complicações cardiovasculares |
Diabetes Mellitus tipo II com lesão vascular | Inaptidão definitiva |
Feocromocitoma | Inaptidão definitiva |
Gota (crise) | Apto após fim dos sintomas |
Hiperaldosteronismo | Inaptidão definitiva |
Hiperfunção hipofisária | Inaptidão definitiva |
Hiperlipoproteinemias essenciais | Inaptidão definitiva |
Hipertireoidismo | Em caso de Doença de Graves, inaptidão definitiva – Caso houver dúvidas/incertezas nas informações obtidas, necessário apresentar laudo médico para avaliação e conduta. |
Hipopituitarismo | Inaptidão definitiva |
Hipotireoidismo autoimune / tireoidite de Hashimoto | Inaptidão definitiva. Em caso de dúvida, necessário apresentar laudo médico para avaliação e conduta |
Hipotireoidismo compensado (reposição hormonal) | Apto |
Hipoglicemia funcional | Apto, desde que sem sintomas recentes |
Insuficiência suprarrenal | Inaptidão definitiva |
Síndrome de Cushing | Inaptidão definitiva |
Tireoidite aguda e subaguda | Apto após a cura, sem sequela, com relatório médico |
Tireoidite crônica | Inaptidão definitiva |
Tratamento de obesidade | À critério médico |
Acalásia do esôfago | Avaliar histórico de cirurgia/ anestesia para definir intervalo de inaptidão |
Cirrose hepática | Inaptidão definitiva |
Cisto hidático | Inaptidão definitiva |
Colite ulcerativa | Inaptidão definitiva |
Diarreia | Apto 7 dias após regularização do hábito intestinal |
Diverticulite | Apto 6 meses após a cura |
Divertículos e pólipos intestinais sem complicações | Apto |
Doença de Chron | Inaptidão definitiva |
Doença hepática crônica de origem desconhecida | Inaptidão definitiva |
Endoscopia digestiva | Apto 6 meses após o procedimento |
Esteatose hepática sem complicações | Apto |
Gastrite crônica sem anemia | Apto |
Gastroenterite aguda | Apto 15 dias após a cura |
Hemocromatose | Inaptidão definitiva |
Hepatite após 11 anos de idade (exceto hepatite A) | Inaptidão definitiva |
Hepatite medicamentosa | Apto 3 meses após a cura e afastadas outras etiologias |
Hepatopatia crônica de origem desconhecida | Inaptidão definitiva |
Hérnia de hiato sem anemia | Apto |
Hipertensão porta | Inaptidão definitiva |
Icterícia de etiologia desconhecida | À critério médico (investigar etiologia provável) |
Infarto mesentérico | Inaptidão definitiva |
Litíase biliar sem infecção ou complicações | Apto |
Pancreatite alcoólica aguda | Inaptidão definitiva |
Pancreatite biliar, virótica ou medicamentosa | Apto 2 anos após a cura |
Pancreatite crônica de qualquer etiologia | Inaptidão definitiva |
Síndrome de Gilbert | Se assintomático (sem icterícia, uso de medicamentos etc) – APTO; se sintomático – Aguardar 15 dias |
Úlcera gástrica ou duodenal | 12 meses após último sangramento, 30 dias após término tratamento. |
Abortamento | Apta após 3 meses |
Amamentação | Permitido somente após 12 meses do parto |
Gestação | Respeitar o período de acordo com o desfecho |
Indução de ovulação | Apto após certificar a ausência de gravidez; Apta 12 semanas após término do tratamento de indução de ovulação/implantação dos óvulos, embriões ou esperma humano doados. |
Menstruação | Não impede a doação; Exceto, se suspeita de gravidez (atraso menstrual) |
Mola Hidatiforme | Inapto pelo risco de malignidade, a menos que apresente relatório médico que exclua essa possibilidade |
Tratamento de reposição com estrógeno e progesterona | Apta |
Uso de anticoncepcionais orais | Apta |
Uso de DIU | Não impede. Atenção: Avaliar e excluir possibilidade de anemia e aumento importante do sangramento menstrual |
Agranulocitose medicamentosa | Apto 6 meses após cura |
Anemia ferropriva | Apto 6 meses após a normalização dos exames |
Anemias congênitas | Inaptidão definitiva |
Doenças da coagulação | Inaptidão definitiva |
Doenças hemorrágicas congênitas ou adquiridas (ex.: Hemofilia, Doença de Von Willebrand) | Inaptidão definitiva |
Esplenomegalia idiopática | Inaptidão definitiva |
Hemocromatose | Inaptidão definitiva |
Leucemias | Inaptidão definitiva |
Linfomas | Inaptidão definitiva |
Neutropenia crônica | Inaptidão definitiva |
Porfirias | Inaptidão definitiva |
Púrpura trombocitopênica idiopática no adulto | Inaptidão definitiva |
Púrpura trombocitopênica idiopática na infância | Apto, se curada e sem sequelas |
Tratamento com anticoagulante | À critério médico (geralmente inapto) |
Trombofilia | Inaptidão definitiva |
Trombose arterial ou venosa recorrente | Inaptidão definitiva |
Amebíase intestinal | Inapto temporariamente, até o final do tratamento e cura |
Amebíase visceral | Apto 6 meses após o tratamento/negativação sorológica |
Ancilostomíase | Apto após fim do tratamento (sem anemia) |
Ascaridíase | Apto |
Babesiose | Inaptidão definitiva |
Blastomicose sistêmica | Inaptidão definitiva |
Blastomicose pulmonar | Apto 5 anos após cura |
Brucelose | Apto 1 ano após tratamento ou 8 semanas após exposição potencial |
Caxumba | Apto 3 semanas após a cura |
Chikungunya | Apto 1 mês após a cura (desaparecimento completo dos sintomas) |
Citomegalovírus | Apto 3 meses após o desaparecimento dos sintomas clínicos |
Cólera | Apto 3 meses após a cura |
Conjuntivite | Apto 1 semana após a cura |
Dengue | Apto 1 mês após a cura; forma hemorrágica, 6 meses após a cura |
DST (Clamídia, gonorreia, tricomoníase etc) | Apto 12 meses após cura |
HPV | Apto após o desaparecimento completo das lesões |
Doença de Chagas | Inaptidão definitiva |
Echinococose alveolar | Apto 1 ano após cirurgia, com sorologia negativa |
Enteroviroses | Apto 3 meses após a cura |
Esquistossomose – outras formas, curadas sem sequelas | Apto |
Esquistossomose forma hepato-intestinal | Inaptidão definitiva |
Esquistossomose forma intestinal | Apto após o fim do tratamento |
Febre de origem indeterminada | À critério médico |
Febre Maculosa | Apto 6 meses após a cura |
Febre Tifóide | Apto 6 meses após a cura |
Filariose (elefantíase) | Inaptidão definitiva |
Gonococcia | Apto 1 ano após a cura |
Gripe e viroses comuns | Apto 1 semana após a cura (2 semanas se febre -T ≥38oC) |
Hepatite A | Apto 3 meses após a cura |
Hepatite B | Inaptidão definitiva |
Anti-HBs Ag positivo com outros marcadores negativos | Apto |
Hepatite C | Inaptidão definitiva |
Hepatite D | Inaptidão definitiva |
Hepatite E | Apto 3 meses após a cura |
Hepatite viral – outras etiologias | Inaptidão definitiva |
Herpes Simples | Genital: 12 meses após a cura / Oral: após desaparecimento das lesões |
Herpes Zoster | Apto 6 meses após cura |
HTLV-I/II | Inaptidão definitiva |
Infecções bacterianas comuns não complicadas (otites, amigdalites, etc.) | Apto 15 dias após a cura |
Intoxicação alimentar | Apto 15 dias após a cura |
Larva migrans cutânea (bicho geográfico) | Apto 1 semana após a cura |
Leishmaniose tegumentar | Apto após fim do tratamento |
Leishmaniose visceral (Calazar) | Inaptidão definitiva |
Leptospirose | Apto 3 meses após a cura |
Micose cutânea | Apto, se área de venopunção livre de lesões |
Mononucleose infecciosa | Apto 6 meses após a cura |
Micose visceral | Apto 6 meses após cura e recuperação do estado geral |
Oxiuríase | Apto |
Parvovirose | Apto 6 meses após a cura |
Pneumocystis carinii | Inaptidão definitiva |
Pneumonia | Apto: 2 semanas após a recuperação do estado geral; 6 semanas após a recuperação, se tiver complicações |
Rubéola | 2 semanas após a cura |
Salmonelose não tifoide | Apto 6 meses após a cura |
Sífilis e treponematoses | Inaptidão definitiva (no Hemocentro UNICAMP) |
Sífilis recorrente | Inaptidão definitiva |
Teníase | Apto, se ausência de anemia |
Toxoplasmose | Apto 1 ano após a cura |
Tricocefalíase | Apto |
Triquinose | Apto após tratamento e cura |
Varicela | Apto 3 semanas após a cura (desaparecimento das erupções) |
Zika | Apto 1 mês após a cura (desaparecimento completo dos sintomas) |
Alcoolismo agudo | Apto após 12 horas |
Alcoolismo crônico | Abstêmio após 6 meses: apto após avaliação médica |
Convulsões /Epilepsia | 3 anos após suspensão do tratamento, sem recorrência |
Depressão em tratamento medicamentoso | Se uso de um medicamento: – 24h após cessar uso da droga; Se associação de medicamentos e/ou condições clínicas alteradas (agitação, fala confusa, embotamento): – À critério médico |
Doença de Creutzfeldt-Jakob e encefalopatias espongiformes transmissíveis | Inaptidão definitiva |
Doença de Parkinson | Inaptidão definitiva |
Doença vascular cerebral (AVC) | Inaptidão definitiva |
Enxaqueca | Apto, se estiver fora das crises e fora de tratamento |
Esclerose em placa | Inaptidão definitiva |
Esclerose lateral amiotrófica | Inaptidão definitiva |
Esclerose múltipla | Inaptidão definitiva |
Hematoma extra-dural ou subdural com sequela ou dependente de tratamento | Inaptidão definitiva |
Hematoma extra-dural ou subdural sem sequela | Apto 6 meses após a ocorrência, na ausência de convulsões |
Labirintose | Apto 30 dias após a crise (na ausência de sintomas e necessidade de tratamento) |
Leucoencefalopatia multifocal progressiva | Inaptidão definitiva |
Meningite meningocócica sem sequelas | Apto 6 meses após a cura |
Miastenia Gravis | Inaptidão definitiva |
Miopatias | Inaptidão definitiva |
Neurofibromatose | Necessário relatório médico |
Neuroses que necessitam de uso constante de medicamentos | Inaptidão definitiva |
Pan-encefalite esclerosante subaguda | Inaptidão definitiva |
Poliomielite com ou sem sequelas | Apto 1 ano após o episódio |
Psicoses | Inaptidão definitiva |
Síndrome de Guilláin-Barré | Inaptidão definitiva |
TDAH – Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade | Se uso de medicamentos estimulantes do sistema nervoso central (anfetaminas/feniletilaminas): – Intervalo mínimo de 24h sem o uso da anfetamina para liberação |
Traumatismo craniano com perda de consciência, sem sequelas | Apto 6 meses após o episódio |
Traumatismo craniano com sequela ou dependente de tratamento continuado | Inaptidão definitiva |
Doenças que gerem inimputabilidade jurídica | Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado (vide Código Civil, Título III – Da Imputabilidade Penal, artigo 26) |
Glaucoma | Apto |
Infecções (conjuntivite, hordéolo, blefarite, etc.) | Apto 1 semana após a cura |
Transplante de córnea | Inaptidão definitiva |
Tumores benignos tratados | Apto |
Uso de colírio midriático | Apto |
Fraturas sem cirurgias | Apto após alta ortopédica |
Má formação óssea congênita | Apto |
Osteomielite aguda | Apto 2 meses após cura |
Osteomielite crônica | Inaptidão definitiva |
Tumor ósseo benigno | Apto 6 meses após a cirurgia |
Asbestose | Inaptidão definitiva |
Eczemas alérgicos | Apto, após desaparecimento dos sintomas |
Afecções periarticulares | Apto |
Intoxicações | |
Benzeno com alterações hematológicas | Inaptidão definitiva |
Benzeno com outras manifestações | Apto 6 meses após a cura |
Berílio | Apto 6 meses após a cura |
Cromo | Apto após o desaparecimento dos sintomas |
Derivados do petróleo | Inaptidão definitiva |
Halotano (hepatite) | Apto após o desaparecimento dos sintomas |
Mercúrio (acometimento cerebelar) | Inaptidão definitiva |
Níquel | Apto 6 meses após a cura |
Fósforo (dermatite) | Apto após o desaparecimento dos sintomas |
Fósforo (osteomalácia) | Apto 6 meses após a cura |
Saturnismo | Inaptidão definitiva |
Selênio e solventes orgânicos | Apto após o desaparecimento dos sintomas |
Siderose | Inaptidão definitiva |
Silicose | Inaptidão definitiva |
Bronquite crônica com insuficiência respiratória | Inaptidão definitiva |
Enfisema pulmonar | Inaptidão definitiva |
Sarcoidose | Inaptidão definitiva |
Asma com crises frequentes e dependentes de medicação | Inaptidão definitiva |
Asma – crises com intervalos maiores que 3 meses compensada com medicamentos inalatórios | Apto 3 meses após a última crise |
Cor pulmonale | Inaptidão definitiva |
Bronquite aguda – crises leves e com intervalos maiores que 3 meses compensada com medicamentos inalatórios | Apto 3 meses após a última crise |
Abcesso pulmonar | Apto 6 meses após a cura |
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) | Inaptidão definitiva |
Embolia Pulmonar | Inaptidão definitiva |
Pneumotórax espontâneo benigno | Apto 2 meses após a cura |
Pneumotórax de outras etiologias | À critério médico (dependendo da etiologia) |
Infecção pleural não tuberculosa | Apto 6 meses após a cura |
Tuberculose pulmonar | Apto 5 anos após a cura |
Tuberculose extrapulmonar | Inaptidão definitiva |
Sinusite aguda ou crônica | Apto 2 semanas após o fim do tratamento |
Otite aguda ou crônica | Apto 2 semanas após o fim do tratamento |
Artrite reumatoide | Inaptidão definitiva |
Artrose/Osteoartrite | Apto |
Doenças autoimunes (outras) | Inaptidão definitiva |
Esclerodermia | Inaptidão definitiva |
Espondilite anquilosante | Inaptidão definitiva |
Febre reumática | Inaptidão definitiva |
Fibromialgia | O candidato pode ser considerado apto para doação sob as seguintes condições: O tratamento com esteroides (seja em forma de comprimidos ou injetáveis) não é necessário ou foi interrompido há mais de 7 dias. |
Lúpus eritematoso sistêmico | Inaptidão definitiva |
Osteoporose | Apto se estiver fora de tratamento |
Periartrite escápulo-umeral | Após cura e fim do tratamento |
Polimiosite | Inaptidão definitiva |
Tendinites/Bursites | Apto, se estiver fora de tratamento |
Doenças renais crônicas (glomerulonefrites, síndrome nefrítica, pielonefrite crônica, etc.) | Inaptidão definitiva |
Insuficiência renal crônica | Inaptidão definitiva |
Cólica nefrética | Apto 2 semanas após a crise |
Pielonefrite aguda sem sequela | Apto 1 mês após a cura |
Infecção do trato urinário baixo sem complicações | Apto 1 semana após a cura |
Glomerulonefrite aguda | Apto após a cura e normalização da função renal |
Intoxicação por metais pesados | Inaptidão definitiva |
Labirintite / Síndrome vestibular periférica | 30 dias após crise e sem uso de medicamentos |
Picada de carrapato | 30 dias |
Picada de cobra desconhecida | 30 dias |
Picada de cobra não venenosa | 30 dias |
Picada de cobra venenosa | 30 dias após soro antiofídico |
Picada de escorpião | 30 dias após soro |
Mordedura por animal silvestre (rato, capivara, etc) | 12 meses após exposição |
Reações graves à doação de sangue anterior | Inaptidão definitiva |